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A Inércia” de um povo;


"Um dos males de um país é a inércia dos cidadãos e a incapacidade da sociedade civil para se afirmar e ser um contra-poder às instituições".
R. Eanes




quarta-feira, 23 de abril de 2014

Salgueiro Maia e as Últimas Palavras...

Salgueiro Maia e as Últimas Palavras...



Aproposito da data comemorativa dos 40 anos da Revolução do 25 de Abril de 1974, fica aqui a entrevista a Salgueiro Maia, pouca tempo antes de falecer devido doença cancerosa. Um homem que fez toda a diferença, acompanhado de todos os outros militares, que tirou o povo da ditadura de Salazar/Marcello Caetano. Um homem que lutou por um ideal que achava justo, sem medo de enfrentar as forças leais aos ditadores...!

Salgueiro Maia e os restantes capitães de Abril, tiraram o país da ditadura, abrindo as portas à Democracia, conquistada por estes heróis, que por estes dias vai pelas ruas da amargura... Hoje temos uma Democracia encapuçada, sequestrada, lapidada, condicionada, amputada, por este sistema político que nos desgoverna! 

"Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do Exército Português, que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução de 25 de Abril, que marcou o final da ditadura. Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em São TorcatoCoruche, mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo). Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.
Em Outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.
Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de Março de 1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil."





"...Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"


Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas de forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.




A 24 de Setembro de 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 28 de Junho de 1992 e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém.
Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981 e, posteriormente, a Tenente-Coronel.

Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria a 4 de Abril de 1992.






Grândola Vila Morena, a canção que serviu de senha indicadora de tropas em movimento.



Um homem só fez toda a diferença, muitos também podem fazer diferença este 24 Abril à noite e no dia 25 de Abril de 2014 no Largo Carmo às 11 horas com discurso dos Capitães de Abril.

TODOS OS RIOS VÃO DAR AO CARMO!


Passados 40 anos, Portugal e o povo está num impasse, o qual tem de decidir o que quer para o futuro de Portugal... Regredir e assistir à destruição do país e seu povo, ou mudar de rumo radicalmente...?!



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